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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

OBESIDADE INFANTIL

É consenso que a obesidade infantil vem aumentando de forma significativa e que ela determina várias complicações na infância e na idade adulta. Na infância, o tratamento pode ser ainda mais difícil do que na fase adulta, pois está relacionado a mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade.

A obesidade ocorre mais freqüentemente no primeiro ano de vida, entre 2 e 6 anos e na adolescência. A obesidade está presente nas diferentes faixas econômicas, no Brasil, principalmente nas faixas de classe mais alta. Entretanto, à medida que alimentos saudáveis, incluindo peixes, carnes magras, vegetais e frutas frescas, estão menos disponíveis para indivíduos de condições mais restritas, a relação entre obesidade e a classe socioeconômica é observada além do tipo de alimentação, pelas mudanças no estilo de vida (outros tipos de brincadeiras, mais tempo frente à televisão e jogos de computadores, maior dificuldade de brincar na rua pela falta de segurança) e nos hábitos alimentares (maior apelo comercial pelos produtos ricos em carboidratos simples, gorduras e calorias, maior facilidade de fazer preparações ricas em gorduras e calorias e menor custo de produtos de padaria).

As complicações da obesidade infantil se da por quantidade total de gordura corporal, o excesso de gordura em tronco ou região abdominal e o excesso de gordura visceral são três aspectos da composição corporal associados à ocorrência de doenças crônico-degenerativas. O aumento do colesterol sérico é um fator de risco para doença coronariana, e esse risco é ainda maior quando associado à obesidade. O sobrepeso triplica o risco de desenvolvimento de diabetes melito. A perda de peso melhora o perfil lipídico e diminui o risco de doença coronariana. É visto e comprovado e que a ingestão alimentar da criança está intimamente relacionada com a dos pais.

As crianças questionam porque elas são proibidas de comer tal coisa ou ter que ingerir algo que a família não tem hábito se os pais não o-fazem!! O tratamento dietético para crianças obesas ou sobre peso, deverá ser iniciado após os 2 anos de idade, com o cuidado de priorizar as necessidades energéticas e vitamínicas próprias à idade e a flexibilidade de permitir, em algumas situações, ingestão de gordura superior a 25%. Deve-se encorajar a ingestão de fibras e desestimular a de alimentos ricos em colesterol e gordura saturada, bem como o uso excessivo de sal e açúcar refinado. A obesidade, já na infância, está relacionada a várias complicações, como também a uma maior taxa de mortalidade.

Outras complicações são: Articular; Cardiovascular; Crescimento Idade óssea avançada; Menarca precoce; maior predisposição a micoses, dermatites e piodermites; Endócrino; diabetes; Hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia Gastrointestinais; Esteatose hepática e esteatohepatite; Neoplásicas maior freqüência de câncer de endométrio, mama, vesícula biliar, cólon/reto, próstata; Psicossociais Discriminação social e isolamento; Afastamento de atividades sociais; Dificuldade de expressar seus sentimentos; Respiratórias Tendência à hipóxia, devido a aumento da demanda ventilatória, diminuição da eficiência muscular; apnéia do sono; Infecções; Asma Complicações da obesidade infantil. Conclusões: Deve-se prevenir a obesidade infantil com medidas adequadas de prescrição de dieta na infância desde o nascimento, além dos pais cobrarem programas de educação alimentar que possam ser aplicados no nível primário nas escolas.

Dicas de como você deve alimentar seu filho:


  1. Antes de começar dieta alimentar explique para seu filho o que esta acontecendo e porque que ele terá que seguir esta nova dieta, explique da forma mais simples possível, ele irá entender!!!


  2. Faça das refeições de seu filho uma alegria nutritiva, com pratos coloridos que, além de serem saborosos, chamam a atenção e despertam os interesses de seu pequeno.


  3. Para uma alimentação equilibrada, o ideal é que sejam feitas 5 refeições diárias. Inclua em sua rotina e na da sua família alguns minutos para a hora do lanche e faça desse momento uma verdadeira curtição!


  4. Ofereça frutas às crianças, nos intervalos das refeições e como sobremesas. Além de saborosas, elas contribuem para uma alimentação saudável. Recomenda-se a ingestão de 3 a 5 porções diariamente.


  5. No momento da refeição deixe a televisão desligada;


  6. Não ofereça nenhum tipo de alimento próximo ao almoço e jantar (pode tirar a fome);


  7. Faça jogos sobre os alimentos – como adivinhar de que lugar do mundo eles vem, como sao cultivados.


  8. Estimule seu filho a cultivar seu proprio alimento, mesmo que seja um vasinho de temperos. Você encontra sementes de vegetais que podem ser plantados em floreiras ou na terra (rabanete, alface, cenoura, couve, etc).


  9. Peça ajuda no preparo das refeiçoes, estimulando a criança a conhecer sabores e temperos diferentes no ato de cozinhar. Ela pode lavar, picar, rasgar folhas, temperar ou simplesmente apertar o botão do liquidificador.


  10. Misture alimentos novos aos preferidos: experimente acrescentar um legume novo à pizza, por exemplo. Faça tortinhas de batata ou aipim com recheio de carne e vegetais. Prepare um sanduiche de forno com cenoura ralada, frios e ovo batido por cima. Experimente omelete com mostarda, espinafre ou couve, bem picados. Torradinha com tomate e oregano ou creme de espinafre e parmesao, no forno. Suco mix de couve com limao, de cenoura e laranja, de beterraba e limao, abacaxi e hortela, etc.


  11. Nao imponha, negocie, estimule. Informe para que servem os alimentos no processo de crescimento e desenvolvimento do organismo(pele, cabelos, unhas, olhos, musculos, ossos, memoria, concentração,...)


  12. Os alimentos doces e processados levam a um aumento rapido de energia, o que é invariavelmente seguido por uma queda da disposição e humor da criança, que acompanha estes altos e baixos da energia. Os niveis flutuantes de açucar no sangue resultam em alterações de humor, irritabilidade, hiperatividade, falta de disposição, dores de cabeça, baixa concentração e tontura.


  13. O consumo de proteinas derivadas do ovos, oleaginosas, sementes, leite e cereais integrais é muito importante no desjejum, porque propicia todas as reações quimicas que o organismo precisa para funcionar durante o dia e tambem diminuem a liberação de açucar (quando consumidas junto com alimentos doces).


  14. Negocie com a criança a troca, durante os dias de semana, dos refrigerantes por sucos naturais de fruta e água.


  15. O ferro é um nutriente importante para a constituição do cerebro, por isso inclua no cardapio de seu filho feijão, brócolis, cereais integrais e carnes vermelhas.


  16. Peixes como tainha, anchova, sardinha e salmão devem estar presentes de 2 - 3 vezes por semana nas refeiçoes.


  17. Ofereça muito liquido ( de 600 ml a 1.75 L) de agua ou suco natural.


  18. Experimentar 8 vezes um alimento novo antes de desistir. O paladar pode ser treinado para gostar dos alimentos.


  19. A cada vez que for experimentar, insistir com a criança para provar 3 vezes. Sempre mude a forma de preparo do alimento, para não enjoar. Cuidado para não oferecer muito liquido na refeiçao, isto enche o estomago e provoca saciedade. Ideal é beber agua ou suco natural 30 minutos antes e/ou 1h depois das refeiçoes.


  20. Observe os temperos: excesso ou falta de condimentos podem desestimular o apetite.


  21. Antes de começar dieta alimentar explique para seu filho o que esta acontecendo e porque que ele terá que seguir esta nova dieta, explique da forma mais simples possível, ele irá entender!!! Se você não conseguir sozinha não hesite em conversar com um profissional nutricionista.

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